Que a paz, e tudo que vem a partir dela, esteja conosco em 2022

Seu ano foi bom? Eis o momento da pergunta, feita por alguém ou por nós mesmos. Ao menos eu, que seja nas horas derradeiras do ano, costumo fazer uma breve retrospectiva dos últimos 365 dias, não como um balanço de sucesso ou fracasso das minhas expectativas, mas uma rota de satisfação pessoal, de forma que posso optar por seguir pelos mesmos caminhos, modificá-los ou tomar novos rumos. Uma das coisas que já aprendi nesses 31 anos, é que é necessário manter nossas rédeas na mão, vivendo com consciência para evitar os buracos mais fundos, pegando o caminho mais feliz. E quando queremos soltar as rédeas, fazemos, mas por própria vontade, retomando-as quando necessário.

Busco manter sempre perto o que me é essencial. Primeiro, olho para mim. Preciso estar em paz, fazendo coisas que me façam sentido e bem – e, se não façam bem a outras pessoas, que não causem mal. Se não me sinto feliz neste momento, preciso enxergar felicidade adiante, saber que ela chegará. Mas, preciso estar em paz. Se não estou, busco a partir da minha consciência, vivida exclusivamente no presente, o necessário para alcançá-la. É possível sentirmos paz sem estarmos felizes. A paz é o espaço, a felicidade é conteúdo.

A falta de paz atrapalha nossa felicidade; é determinante. Em segundo lugar, vem o conteúdo inserido à vida, e que a maioria de nós já confundiu ou confundirá com a própria vida. Nossa profissão, quem namoramos, nossos amigos, nossos hobbies, habilidades, tudo isso dá cor à existência e, por isso, têm de ser muito bem cuidados. Dada a natureza inconstante da vida, onde a única coisa constante é a mudança, não devemos apegar de tal maneira a essas nossas situações de vida, a ponto de achar que, sem elas, não seríamos felizes. Devemos, sim, ser gratos pelas circunstâncias positivas e aproveitá-las, sabendo que estão fadadas aos mais diversos altos e baixos.

Cuido da melhor forma que posso da minha relação com minha família, minha namorada e meus amigos, que dão sentido à minha vida. Nunca houve nem haverá sentimento mais belo e sublime que o amor, que sempre nos salva. E o que levamos da vida, a vida que se leva, tem nas experiências uma das grandes graças. Viajar é experienciar o novo, ver o diferente e reconhecer, em si, o desconhecido.

Altamente prejudicadas com a pandemia, as viagens irão voltar com mais força neste fim de ano. Poderia equiparar o viajar ao viver, já que o viver exige movimento, e só a partir dele a renovação é possível. Comecei 2021 viajando e ainda consegui fazer mais uma bela viagem com minha namorada à linda Recife (PE) e paraísos anexos. Em 2022, quero mais! Voltar ao Nordeste é sempre uma vontade, assim como ao Rio de Janeiro, cidade que adoro, às Minas Gerais, às minhas desconhecidas e exuberantes paisagens brasileiras, da América do Sul, de fora! Sonhar não paga imposto e este blog existe para isso.

2022 será um ano tenso no Brasil, já sabemos. Que as próximas eleições causem o mínimo de estragos, e que a pandemia nos dê sua trégua final. Que diminuam nossos tristes problemas sociais, a fome, desemprego e outras desgraças. Que possamos evoluir no trabalho, financeira e intelectualmente, direcionando-nos ao que mais gostamos. Que meu amado Tricolor do Morumbi tenha um ano melhor que os prognósticos. Que não faltem filmes e séries ótimas para nos emocionar, e livros que abram um novo mundo diante de nós. Que nossos sonhos sigam vivos e possamos ir realizando-os. Aproveitemos mais esta passagem de ano, enquanto estamos aqui e podemos.

Publicado por Fábio Blanco

Jornalista, natural de Londrina (PR), que quer explorar o que o encanta no mundo através da escrita. Apaixonado por futebol, música e pelas belezas do cotidiano, em detrimento das suas regras e poderes. Humano, acima de tudo.

2 comentários em “Que a paz, e tudo que vem a partir dela, esteja conosco em 2022

  1. Oi Fábio amei o seu texto. Concordo com você que a paz é a base de tudo e para chegarmos até ela, o autoconhecimento é a chave para evitar as armadilhas ou os gatilhos que sempre estarão rondando a nossa mente inquieta. Pena que para alcançá-lo, muito tempo foi desperdiçado com sofrimento e angústia, ainda bem que pelo menos eles não foram em vão, né ? Com a paz existe o terreno fértil para a felicidade. Para mim nessa fase pós depressão, só a paz tem me bastado. Estou cada vez menos exigente comigo mesmo. Sem essa marcação cerrada, quem sabe a felicidade perceba a porta entreaberta e volte aos pouquinhos, ainda que ressabiada e tímida. O importante é que o terreno foi preparado e semeado…. Que em 2022 você continue sendo esse menino sonhador, mas que consistentemente vai firmando os pés no chão nesse mundo desigual e tão sem coração, porque é preciso sobreviver e para isso não há como não sujar um pouco as mãos. Mas só te faço um pedido: Jamais perca a sua inocência por favor! Seja como Fernando Sabino, aquele que nasceu homem e morreu menino!

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    1. Rui, obrigado de coração pelo seu comentário! Adoro ler suas palavras que contêm sempre muita sabedoria. E mostra também que está neste caminho de se sentir mais feliz, já enxergando as armadilhas e podendo driblá-las. Realmente não é um caminho fácil, não é algo que aprendemos na escola ou com nossos pais, por outro lado, depois de conquistado, acompanha-nos pela vida. Como você, em quem me espelho e me inspiro, seguro-me muito à essência ou à inocência, como disse, para continuar. Obrigado pelo carinho de sempre! Abraço apertado e feliz 2022, meu amigo!

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